Mil e uma maneiras de afiar o francês na UdeM

Brasil
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Daniel Pereira Milazzo

Não é segredo para ninguém que a língua oficial na Université de Montréal é o francês. Porém, o que nem todo mundo sabe é que a universidade oferece uma enorme gama de cursos, serviços e atividades voltados para o aprimoramento da língua francesa.

A UdeM figura entre as melhores universidades do mundo. No mais novo ranking divulgado pela Times Higher Education, a Université de Montréal ocupa a 103a colocação. Noutro ranking recente, o QS World University Rankings aponta a universidade como uma das cinco melhores instituições francófonas de ensino superior no mundo e lhe atribui a avaliação máxima (5+ estrelas). Um dos vários fatores que contribuem para a reputação mundial da UdeM é a diversidade de seus alunos: nada menos do que 24% dos estudantes são estrangeiros (leia-se não canadenses), originários de mais de 100 países.

Logo, não é difícil imaginar a riqueza de culturas e de idiomas que circulam todo dia pelos campi e compõem o complexo mosaico que dá cara à universidade. Seria uma torre de Babel, não fosse a importância concedida à língua onde aqui todos se encontram e celebram essa pluralidade: o francês.

A universidade põe à disposição de seus alunos inúmeras maneiras de aprimorar suas aptidões. Seja para os que já têm boa desenvoltura ou para aqueles que ainda estão engatinhando no novo idioma, todos os níveis são contemplados de diversas formas.

A começar pelo estilo mais tradicional, o de cursos de idioma. Todo ano, mais de 6.000 estudantes passam pela Escola de línguas da UdeM, que possui grande tradição no ensino do francês como língua estrangeira. Nessa escola, existe um programa criado especialmente para quem ainda não está na universidade, mas quer se preparar de maneira específica às exigências do ensino universitário (seja na graduação, no mestrado ou no doutorado). Vale lembrar que há cursos oferecidos durante o ano todo, como a imersão em francês durante o verão, o que é bastante útil para os brasileiros interessados em aproveitar os meses entre janeiro e agosto para aperfeiçoar o idioma antes do início dos estudos numa carreira na UdeM – levando em conta que o ano letivo daqui começa em setembro.

Outra opção muito popular é a Especialização em francês como segunda língua (Certificat de français langue seconde), que pode ser feita em um ano. Para se inscrever, é necessário ter nível intermediário. O programa é estruturado com o objetivo de capacitar os alunos tanto para os estudos de nível superior quanto para a inserção na sociedade e no mercado de trabalho quebequenses. A ênfase não está apenas no ensino da língua, mas também no conhecimento da cultura do Quebec. 

A UdeM pensa também naqueles que querem ou precisam melhorar o francês sem necessariamente se comprometer com um curso de longa duração. O Centro de comunicação escrita (CCE) oferece aos estudantes várias atividades pontuais, como oficinas gratuitas voltadas a questões específicas (pontuação, conjugação, sintaxe, regência, etc.). Essas atividades podem contemplar as expressões tanto oral como escrita. O CCE também oferece, a baixo custo, alguns serviços personalizados, como o acompanhamento exclusivo, que se estende por seis sessões individuais.  

Para quem é autodidata e prefere se virar sozinho, existe ainda uma série de links úteis que dão acesso on-line a dicionários, lista de exercícios e tira-dúvidas relâmpago.

Acha que acabou? Pas du tout! Ainda há muitos outros cursos desenvolvidos para atender às necessidades de todos, inclusive de francófonos, que vão da leitura dinâmica ao aperfeiçoamento da dicção. Consulte a lista completa aqui. Todos os caminhos levam a um francês hors concours!

Miniguia de sobrevivência no léxico quebequense

Toda língua possui suas particularidades regionais, que vão muito além das variações de sotaque. Então, assim como as expressões usadas no Rio de Janeiro diferem das de Maceió, Florianópolis ou de Lisboa, o Quebec também tem seus termos característicos. Eis uma listinha de “primeiros socorros” lexicais:

Daniel Pereira Milazzo
#Journalisme #Littérature #Vélo

Daniel est journaliste et étudiant au doctorat en littérature comparée à l’Université de Montréal, où il se penche sur le rapport de l'humain à l'éternité. Éclectique, il aime autant Tintin que Spinoza, autant le football que la musique classique. Passionné des langues, il parle portugais, anglais, français et espagnol, comprend un peu d’italien et est en train d’apprendre l’allemand…